quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O TESTE DA LÃ

E Gideão disse a Deus: "Quero saber se vais libertar Israel por meu intermédio, como prometeste. Vê, colocarei uma porção de lã na eira. Se o orvalho molhar apenas a lã e todo o chão estiver seco, saberei que tu libertarás Israel por meu intermédio, como prometeste". E assim aconteceu. Gideão levantou-se bem cedo no dia seguinte, torceu a lã e encheu uma tigela de água do orvalho. Disse ainda Gideão a Deus: "Não se acenda a tua ira contra mim. Deixa-me fazer só mais um pedido. Permite-me fazer mais um teste com a lã. Desta vez faze ficar seca a lã e o chão coberto de orvalho". E Deus assim fez naquela noite. Somente a lã estava seca; o chão estava todo coberto de orvalho” (Juízes 6.36-40)


INTRODUÇÃO

Esse texto tão curioso nos revela princípios espirituais essenciais para uma vida cheia do Espírito e como podemos transbordar essa vida de Deus. Vamos usar a figura dessa porção de lã representando dois tipos de cristãos. Que ao terminarmos essa lição, possamos nos posicionar como Deus deseja a fim de recebermos mais do Seu Espírito e sermos canais de bênção para outras pessoas.

A primeira porção de lã: uma vida sedenta de Deus

“Se o orvalho molhar apenas a lã e todo o chão estiver seco, saberei que tu libertarás Israel por meu intermédio, como prometeste", disse Gideão. Essa figura retrata fielmente aquele indivíduo que realmente tem sede da presença de Deus a busca desesperadamente todos os dias de sua vida. Assim como a lã, essa pessoa é capaz de absorver “cada gota” da unção e da vida do Pai. Pessoas assim conseguem estar sempre cheias do Espírito Santo em quaisquer circunstancias, mesmo aquelas que lhe são adversas.

Assim como ao redor daquele novelo de lã imperava a sequidão e a morte enquanto ele estava encharcado, assim deve ser em nossas vidas: não importa a adversidade, ou o deserto que se estende ao nosso redor, devemos sempre transbordar da presença de Deus. Leia Eclesiastes 9.8. Nossa sede de Deus atrai a Sua presença mesmo quando estamos no deserto mais terrível. Devemos ser esses catalisadores que atraem essa plenitude em qualquer lugar. O fato de a lã estar molhada com o orvalho da noite mostrou a Gideão que Deus livraria Israel da mão de seus inimigos. O Cristão cheio do Espírito é certamente um sinal de Deus para o lugar onde se encontra, pois o Senhor o usará para transformar e salvar vidas.

A segunda porção de lã: uma vida sem expectativa de Deus

É impressionante, mas quando somos duros e resistentes a Deus, não conseguimos receber nada que Ele faça, ainda que ao nosso redor o orvalho da Sua presença seja abundante. Na segunda vez Gideão observa que embora toda a terra esteja molhada, a lã não estava. Isso fala de pessoas que permanecem indiferentes e distraídas quando Deus está agindo, elas simplesmente têm um coração impermeabilizado pelo pecado e pela incredulidade. São pessoas que se mantém sempre na defensiva e conservam um espírito crítico e resistente a tudo o que Deus está falando. Sempre têm uma desculpa, um argumento. Assim como os religiosos da época de Jesus, não se abrem para que a bênção que está jorrando ao seu redor, lhes alcance também. Esse espírito crítico fazia com que esses religiosos se mantivessem frios e indiferentes mesmo testemunhando os poderosos milagres realizados por Jesus.

Que o nosso coração seja sedento de Deus a ponto de absorvermos Sua glória mesmo quando ela não parece estar fluindo com tanta intensidade, como foi o caso do orvalho. Para alguém que não tem expectativas por Deus, mesmo uma grande chuva não é capaz de atingir seu duro coração, mas para alguém que tem um verdadeiro desespero por Sua presença, um simples orvalho transforma-se num poderoso rio de vida. “É como o orvalho do Hermom quando desce sobre os montes de Sião. Ali o SENHOR concede a bênção da vida para sempre” (Salmo 133.3).

Como manifestar a vida de Deus

Vejamos o que Gideão fez com a primeira lã a fim de averiguar se ela realmente estava molhada pelo orvalho: “…Torceu a lã e encheu uma tigela de água do orvalho…”. Essa figura nos fala de quando somos “espremidos” pelas dificuldades da vida, quando estamos sendo provados e colocados numa prensa de tribulação. Deus usa situações de dificuldades a fim de manifestar Sua unção através das nossas vidas. Não é fácil sofrer a dor de uma rejeição, de uma traição, perseguição, calúnia etc, mas podemos ter certeza que nesses momentos nosso conteúdo interior, ou seja, aquilo que está armazenado em nossos corações será evidenciado.

São nesses momentos que podemos ver o quanto estamos cheios de Deus, manifestando Seu caráter (misericórdia, paciência, bondade, fidelidade, mansidão etc), ou de nós mesmos, manifestando orgulho e toda espécie de sentimentos e ações malvadas. Assim como Gideão encheu um vaso com aquela água, Deus também deseja nos usar para encher as pessoas sedentas deles com a Sua vida e com a Sua bênção.

CONCLUSÃO



Peça para que o Espírito Santo produza em seu coração uma sede desesperada pela presença de Deus. Busque diariamente um coração desejoso pelo Pai e por fazer aquilo que Lhe agrada. Só assim Ele o colocará como um canal de bênção para manifestar Sua vida na vida de outros.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Aprendendo com a Corça

A corça é um animal de pequena estatura (A corça é o menor cervídeo europeu, variando de 95 a 135 cm de altura e pesando entre 18 e 29 kg), arisco e de costume migratório. E uma característica interessante: a corça não suporta o confinamento.

É um animal dotado de olfato privilegiado que lhe possibilita sentir cheiro de água a quilômetros de distância. É capaz ainda de perceber, metros abaixo da superfície, a existência de um lençol de água.

Uma corça sedenta e exausta caminha pelo deserto. Logo, o animal avista a imagem de um lençol d’água sobre a areia. Começa a correr desesperada ao encontro da única substância que pode matar sua sede.

Em regiões desérticas da África e do Oriente Médio, empresas construíram quilômetros de aquedutos sob a superfície terrestre. E as corças sedentas, ao pressentirem a água jorrando pelo interior dos dutos, correm por cima das tubulações na tentativa de encontrarem a nascente, ou então um possível local por onde essas águas pudessem ser alcançadas.

Certo poeta descreveu essa cena da corça farejando água, sob a areia do deserto, do seguinte modo: “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus.” (Sl 42.1-2.)

Note que nesta passagem, Davi faz uma comparação. A sede dele pelo Senhor era comparada ao anseio de uma corça pelas águas. Em se tratando de um homem “segundo o coração o de Deus”, creio que esta comparação pode servir de parâmetro para nossa própria busca.

Mas, enfim, como é que a corça suspira e anseia pelas águas?

A Corsa Busca as águas desesperadamente.

É com desespero. Gritando, correndo, buscando, farejando. Com sede.

E nós? Estamos desesperados por Deus? Temos sede de sua presença? Temos corrido, buscado e nos desesperado por mais dele em nossas vidas?

A corsa tem discernimento de onde as águas estão

Com olfato privilegiado para localizar a fonte certa.

Temos buscado na fonte certa, diariamente?

Precisamos, como a corça, sair e correr. Precisamos de olfato aguçado para ir à fonte certa, que é Cristo. Afinal de contas, existem fontes sem água (2Pedro 2.17 Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva.), e nuvens sem água (Jd 1.12 Estes são manchas em vossas festas de amor, banqueteando-se convosco, e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas;).

Mateus 16: 13 – 17: 13 E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? 14 E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas. 15 Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? 16 E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. 17 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus.

A corsa não se acomoda.

Continuamente, todos os dias. Não se permitindo acomodar

E lembremos das palavras do Mestre: “[...] Quem tem sede, venha; e quem quiser, receba de graça a água da vida.” (Ap 22.17.)

Jeremias 29 12-14: 12 Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei. 13 E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração. 14 E serei achado de vós, diz o SENHOR, e farei voltar os vossos cativos e congregar-vos-ei de todas as nações, e de todos os lugares para onde vos lancei, diz o SENHOR, e tornarei a trazer-vos ao lugar de onde vos transportei.

A Corsa não aceita confinamento.

fugindo do confinamento.

Temos nos contentado com a mediocridade do nosso “confinamento”?

Cada um de nós pode ter seu próprio “confinamento”. Coisas que nos prendem e nos impedem de sair em busca da água fresca que tanto precisamos. Podem ser pessoas, situações ou até mesmo “pequenos reinos” que construímos para nós mesmos (“meu emprego”, “meu ministério”, “meu evento”, decepções, etc.).

João 4:14 - Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.

João 7:38 - Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre.

Que o Senhor Deus tenha misericórdia de nós e nos guie.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

SALVO PELA ROCHA

( Leia )Texto Chave Pedro 2:1-10


Um surfista brasileiro foi salvo de um Tsunami no arquipélago de Samoa Americana, na Oceania, quando estava em alto mar, por ter conseguido se agarrar com todas as forças numa enorme rocha. E o Tsunami, ao atingir a ilha, provocou grande destruição, matando muita gente. O surfista brasileiro disse que ainda conseguiu salvar várias pessoas, inclusive crianças, usando a sua prancha e trazendo-as para a rocha. Vamos falar da "Grande Rocha", não a Rocha no mar de Samoa, mas a Rocha que é Cristo! (Efésios 2:20 20 Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; 21 No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. 22 No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito.).

I - UMA ROCHA ONDE NOS SENTIMOS SEGUROS

"E, chegando-vos para Ele, pedra viva, rejeitada na verdade pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa" (I Pe 2:4). Imagino que aquele surfista brasileiro, em alto mar, quando se agarrou naquela pedra e escapou do Tsunami, sentiu-se seguro e assim levou outros náufragos para aquela Rocha.

Jesus é essa Rocha de Segurança que nos acolhe, nos protege e nos livra de todo o mal. E quando "as águas do mar da vida quiserem nos afogar", quando as "torrentes, tempestades e tsunamis" vem contra nós, nos agarramos na Rocha que é Cristo e somos protegidos. Convidamos você para firmar a sua vida na Rocha que é Jesus! Confie a sua vida a Jesus, apegue-se a Ele e seja salvo!

II - UMA ROCHA ONDE PODEMOS DESCANSAR

O surfista brasileiro pode descansar naquela grande rocha, enquanto o Tsunami passava arrastando e destruindo tudo o que encontrava pela frente com ondas de mais de 10 metros de altura. E ele podia, em segurança, descansar, refazer as suas forças para poder retornar à terra firme. Assim é Jesus, essa Rocha Eterna de Descanso, Segurança e Proteção para todos aqueles que decidem se agarrar nEle, lançar-se sobre Ele.

Jesus convida a todos os que se sentem cansados, sobrecarregados e oprimidos para descansar nEle (Mateus 11:28). Você tem se sentido cansado? Você tem carregado algum fardo muito pesado? Então, venha para Jesus. Entregue a Ele o seu "fardo", os seus problemas e Ele te dará a vitória!

III - UMA ROCHA ONDE SOMOS SALVOS

O Apóstolo Pedro, falando dessa "Rocha" que é Cristo, diz que essa "pedra viva, seria rejeitada pelos homens, mas para com Deus, eleita e preciosa" (I Pe 2:4), seria "principal pedra angular", como que servindo de parâmetro, base, sustentação e alinhamento de vidas diante do Senhor. Ele diz que essa "Rocha", para os que cressem, seria uma "pedra preciosa". Mas, essa mesma "Rocha", para os incrédulos e desobedientes, seria uma "pedra de tropeço e rocha de escândalo" (I Pe 2:8).

E para você, essa "Rocha" que é Cristo, como você a vê? Como você a considera? O Apóstolo Pedro diz que "quem nEle crer, não será confundido" (I Pe 2:6). Assim como fez o surfista brasileiro, faça você também e se agarre, se segure na Rocha que é Cristo e seja salvo!

CONCLUSÃO:

Jesus, discutindo com os fariseus incrédulos, referiu-se a "Rocha" dizendo: "Quem cair sobre esta pedra será despedaçado; mas aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó"(Mat 21:42-46). E o Apóstolo Paulo diz que aqueles que buscam a salvação pelas obras, "tropeçaram na pedra de tropeço" (Rm 9:32-33), pois é pela fé que somos salvos. Portanto, se desobedecemos ao Senhor, se deixamos de crer na "Rocha" que é Cristo, seremos confundidos e estaremos perdidos.

Segure-se, agarre-se com todas as suas forças em Cristo, essa "Rocha" que nos dá Segurança, Descanso e Salvação!